Inspirações IV - Dedicada a m. P. - História Sem Fim

Olá amigos e amigas do Renatadas, tudo bom ? Espero que sim.

Hoje, continuo aquela série de homenagens que, de tempos em tempos, realizarei por aqui. Desde já, torço para que essas palavras e essa lira, cujo nascimento não foi dos mais fáceis, possam lhes ser agradáveis de ler.

Isto posto, para sua apreciação, aí vai:

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Dedicado a m.P.. – História Sem Fim.
Por Renato de Faria Cavalheiro

Noite escura, céu limpo, Lua cheia.
Na platônica caverna, à madrugada,
Sombras correm pelas paredes nuas.

Num vôo de passarinho,
O canto de um sabiá convida
Breve viagem àquilo que faz e jaz,
Eterna ou fugazmente,
Tal qual Estrela Cadente.

Da queda ao arrepio,
Floresce primaveril defronte à aurora
Ave flamejante de outrora,
Asas a bater, peito a vibrar,
Frenético,
Rumo a um novo despertar.

Então,
O silêncio.
A presença
Da ausência
Paciência.

O ponteiro gira;
A Terra gira;
Um quarto gira
A Lua;
Uma em cinqüenta e duas;
Gira, e passa, e sua...

Novamente o rio se cruza;
Novamente o olhar se cruza;
Escarlate, e está intrusa.

Inverno, Verão, Outono, Primvera,
O caos se instala como uma quimera,
E o intruso que nunca espera,
Retira algo que nunca quisera;

Oh, quem me dera !

Norte para Sul para Oeste distante
Um calor, um doce, uma voz, e adiante,
Despede-se em orvalho,
Herança ignorada;
Dormente, em ato falho,
Ilusão fragmentada;
E como disse o imperador,
“A sorte está lançada”.

Novas Luas transigentes,
Fogo, água, vento e terra,
Tensão que tangida berra:

“Oh, violinista inclemente,
Porque arranha se não erra ?”

Corda que parte, som que cala,
No futuro que muito se aguarda;
Finda a arte, Luz se apaga,
Que o futuro também nos aguarda.

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Enfim, "è fatto" !

Beijo para as moças, abraço, tudo de bom e felicidades a todos e todas que, de seu modo especial, colaboram para manter viva, regada, alimentada e frondosa a árvore de minha subjetividade.

Até mais.

De seu amigo,

Renato F.C..