quinta-feira, março 30, 2006

O Bem e o Mal convivem dentro de mim.

Olá a todos. Tudo bom ? Espero que sim.

Após um breve recesso condicionado por um número elevado de compromissos caóticos que ocorreram todos meio em cima da hora devido a uma certa dose de "distração concentrada" em que me encontrava nos últimos dias, "Here I Go Again".

Aqueles que, eventualmente, me encontram no MSN já devem ter percebido que o título desse post é a mesma mensagem que está colocada ao lado do meu nome naquele aplicativo e está colocada aqui como assunto pois ocorreu um fato que achei muito interessante comigo nesses últimos dias.

Logo que mudei a mensagem, algumas pessoas me perguntaram sobre ela, porque havia colocado-a junto ao meu nome, se havia ocorrido algo que me motivou a colocá-la, enfim, questionamentos acerca das motivações que me levaram a adotá-la. Abaixo exponho essas motivações.

Primeiramente, às origens: Conheci essa mensagem como slogan de uma propaganda feita devido ao lançamento de uma nova fragrância de desodorante spray, o Axe Fusion, filme esse que gostei bastante enquanto peça publicitária, me identificando e sendo capturado prontamente ao ouvir esse slogan e ver o símbolo que diferenciava esse produto, um Dragão Vermelho e um Pégaso Azul Celeste com as caudas enroladas entre si. (Quem quiser conhecer esse símbolo, é só olhar minha figura no MSN)

Essa peça me pegou tão fortemente que, assim que tive oportunidade, experimentei o desodorante e fui, aí sim, capturado por sua fragrância, o que fez com que o mesmo se tornasse meu desodorante predileto, superando um que considerava insuperável, o Nívea for Men. (Espero que role um jabazinho por toda essa publicidade... hahaha :p)

A partir de então, esse desodorante começou a fazer parte da minha vida, o sendo até hoje.

Entretanto, a minha relação com esse slogan é anterior ao próprio, uma vez que ele é a síntese de uma série de reflexões que realizei num determinado momento de minha vida, conforme relato a seguir:

Ao final de minha adolescência, bem no comecinho de minha vida como adulto, embora essa última só tenha se institucionalizado recentemente (Essa acho que só uns poucos aqui vão entender essas palavras de pronto. Num futuro post explico melhor a utilização desses termos), vivi um dos maiores pesadelos de minha vida, um problema funcional que me levou à perda momentânea da capacidade de controlar o volume e o timbre de minha voz à vontade, tanto para falar com clareza quanto, especialmente, para cantar da melhor maneira que posso e pretendo.

Na época, isso representou para mim a destruição completa de um sonho que carreguei durante os seis últimos anos até então, causando intensas reações em todo o meu ser, em sua mais ampla completude, o que me levou a sentir uma avassaladora necessidade de procurar especialistas que pudessem me ajudar, ou seja, tratamento fonoaudiológico e, por intuir e acreditar que havia um fundo psicológico em tudo que enfrentava naquele momento, a psicoterapia.

Naquele momento não tinha muita noção, mas hoje sei que essas foram algumas das decisões mais felizes que já tomei. E foi na psicoterapia que eu, um jovem recém saído de uma adolescência que gerou um homem extremamente idealista, rígido, arrogante, intransigente, e até certo ponto, em determinados assuntos, fanático, fui conduzido a encarar tudo que havia me tornado e feito até então.

Também pude, devido a isso, refletir sobre tudo que fui, era e seria, que vivi, vivia e viveria, encontrando ali algumas idéias e alguns conceitos que iriam mudar completamente o meu ser e minha percepção, fato que resultou numa ampla mudança na maneira como me colocava e me relacionava com toda a realidade em que estamos todos inseridos, inclusive obtendo a consciência, que considero absolutamente libertadora, de que o Bem e o Mal são sempre relativos a determinadas variáveis das relações que nós, seres humanos, desenvolvemos com absolutamente tudo aquilo que nos cerca, seja esse universo concreto, palpável e sensorialmente perceptível ou não.

Através dessa conscientização, também adquiri a compreensão e, porque não dizer, a crença, de que todos nós, seres humanos, possuímos um lado que chamamos de "Bom", que a imensa maioria de nós tenta manter em evidência, com o qual costumamos nos relacionar e identificar com mais freqüência, e um lado que chamamos de "Mal", que a imensa maioria de nós tenta obscurecer, com o qual, também freqüentemente, costumamos evitar nos relacionar e identificar, sendo que ambos são uma parte intrínseca e indissociável de tudo que somos, se manifestando em tudo que fazemos, de uma maneira ou de outra.

Além de tudo isso, há outra questão que norteia minha vida e tem relação direta com tudo isso: Afinal, quem somos nós para saber ou afirmarmos o que é "Bom" e o que é "Mal" ?

A partir do momento em que admitimos que não temos o menor controle sobre o resultado de nossas ações dentro de um contexto amplo e absolutamente complexo, como a humanidade e a realidade em que vivemos, acho pouco possível percebermos algum benefício real e determinante em nossas ações e atitudes.

Aí é que, segundo meu entendimento, se tornam essenciais a utilização de referenciais oriundos dos formadores da Ética (aquela que vem do ETHOS, e de nenhum outro conceito) em nossa sociedade e, mais especificamente em nós mesmos, sendo que considero essas as duas mais importantes referências que podemos ter com relação à benignidade ou à malignidade de nossos atos e posturas, ou seja, creio que só através da nossa mais clara e verdadeira percepção possível da funcionalidade social, ou do bem-estar ou do mal-estar que somos capazes de gerar em nós mesmos como resultado de uma determinada realização nossa é que podemos adquirir um nível razoável de certeza a respeito da qualidade "Boa" ou "Má" que a mesma possua.

Assim, reafirmo com absoluta certeza: "O Bem e o Mal convivem dentro de mim."

Abraços a todos, tudo de Bom (seja lá o que isso signifique), felicidades (outro ótimo tema para o Blog) e até mais.

P.S.: Caramba, eu realmente não achei que fosse precisar escrever tanto quando pensei nesse tema... O.O

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Fala Ray,,,essa conversa de maluko ae até me deixou loko...

Abraços !!!!

7:43 PM

 
Blogger Renato F.C. said...

Fala D. Tudo bom ? Espero que sim.

Valeu pelo comentário.

Abraços.

12:23 PM

 
Anonymous Anônimo said...

mr. rush ... é cara ... é a natureza humana ... ela se apresenta para cada um de nós de uma maneira diferente ... mas creio q a vida seja a coisa mais simples do mundo desde q se tenha conciencia disso ... não existem regras para se viver, nenhuma mesmo .... não existe nada aqui alem de nós .dizendo para nós mesmos o q é bom e o q não é .......acho q se encarar as coisas no nivel mais simp-les ...fisico ...até de certa forma ...ingenuamente ...creio q tudo se resolva mais facilmente ...para mim é quase como uma formula para q as coisas deem certo ...abraço mano .....vamo q vamo pq o show não pode parar ....

7:18 PM

 
Blogger Renato F.C. said...

Aí, Danilístico, Valeu mesmo !

Grande abraço, felicidades e tudo de bom !

8:44 PM

 

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