terça-feira, maio 28, 2013

Cronicas de um Realismo Imaginário nº I - Epifania de Chuveiro.

Entendi o por quê de eu não me importar com o fim ou com a possibilidade de existência de um fim, embora esta última, de um jeito ou de outro, seja uma certeza.

É porque, já há aproximadamente doze anos, o que realmente me interessa é a jornada.

E essa canção abaixo expressa essa minha filosofia com grande precisão.

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Aerosmith - Amazing


I kept the right ones out
And let the wrong ones in
Had an angel of mercy to see me through all my sins

There were times in my life
When I was goin' insane
Tryin' to walk through
The pain

When I lost my grip
And I hit the floor
Yeah, I thought I could leave, but couldn't get out the door

I was so sick and tired
Of livin' a lie
I was wishin' that I
Would die

It's amazing
With the blink of an eye you finally see the light
It's amazing
When the moment arrives that you know you'll be alright
It's amazing
And I'm sayin' a prayer for the desperate hearts tonight

That one last shot's a permanent vacation
And how high can you fly with broken wings?
Life's a journey not a destination
And I just can't tell just what tomorrow brings

You have to learn to crawl
Before you learn to walk
But I just couldn't listen to all that righteous talk

I was out on the street
Just tryin' to survive
Scratchin' to stay alive

It's amazing
With the blink of an eye you finally see the light
It's amazing
When the moment arrives that you know you'll be alright
It's amazing
And I'm sayin' a prayer for the desperate hearts tonight

Desperate hearts (2x)
Did you wanna see without and give it out now
Oh, oh
Yeah, yeah
Oh yeah, yeah ya-ka-kow, ya-ka-ka-ka-kow

Oh, it's amazing

So, from all of us at Aerosmith
To all of you, out there, wherever you are
Remember, the light at the end of the tunnel
May be you
Goodnight

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Mas...

Não será isso, esse meu interesse absoluto na jornada, também uma irresponsabilidade?

E enfim, como quase sempre acontece em minhas reflexões, com mais respostas, mais questões...

Goodnight! ^_~d

sábado, março 23, 2013

Coisas que acontecem às vezes...

A ideia aqui não é prestar homenagens àquele que eu considero o melhor cantor brasileiro que tive oportunidade de ouvir cantar ao vivo, ainda que não presencialmente, embora toda homenagem que ele vier a receber pelo talento e pela capacidade extraordinária que ele possuía sejam mais do que justificadas.

A ideia aqui é desabafar um trecho de uma música interpretada por ele, a qual devido aos útimos acontecimentos de minha vida, não sai da minha cabeça...

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Às vezes, você anda por aí,
Brinca de se entregar, sonha pra não dormir

E quase sempre eu penso em te deixar,
E é só você chegar pra eu esquecer de mim;

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É, meu caro e já saudoso Emilio, é isso...


quarta-feira, fevereiro 13, 2013

What's my point?

Deixarei que Zelia Duncan e Ed Motta tentem me explicar...

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Ed Motta - Quais Serão Meus Desejos?
Letra: Zelia Duncan

Então nem vou dizer
Esquece a voz
Repassa o tempo que eu te dei
Inevitavelmente vou me ver
Tentando provar que sim, mas
O tempo mudou pra mim
Nós sem você

Canções vêm me servir
Romper os nós
Soltar os braços, desfazer
Carinhos viciados em você
Um dia percebo o fim
na boca que eu nunca vi
Espera por mim...

Culpas tão inocentes
Rastros vão se apagar
Quais serão meus desejos?
Atração
Por quê?
Nem sei...

Então nem vou dizer
Esquece a voz
Repassa o tempo que eu te dei
Inevitavelmente vou me ver
Tentando provar que sim, mas
O tempo mudou pra mim

Culpas tão inocentes
Rastros vão se apagar
Quais serão meus desejos?
Atração
Por quê?
Nem sei...

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Enfim, será que quanto mais forte e mais profundo o Amor sentido, mais ele deve ser contido e ocultado?...

Dunno... =/

Triste se assim for, como parece ser...

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Perfeição.

(Oh my f***ing nachos...)

[Inicio o post ao som de Legião Urbana - Perfeição.]

Imaginava, ao começar a escrever esse post, que esse mesmo blog, há muito tempo atrás, eu havia apresentado minha concepção de Deus e Sua atuação na obra que nós e Ele desenvolvemos, elaboramos, construímos a cada segundo da vida de cada um de nós, elementos constituintes do Universo (ou Multiverso, sei lá...). Entretanto, li e reli inúmeros posts anteriores e percebi que eu nunca descrevi essa minha visão...

Sabendo disso, e eu não sei se é uma boa ou uma má notícia, decidi que também não será hoje que entrarei tão a fundo nesse assunto. Assim, usarei e explicarei apenas os conceitos que serão realmente úteis para o tema sobre o qual pretendo escrever aqui hoje, deixando essa expressão de minha visão sobre Deus, a Vida, o Universo e tudo mais para um outro momento.

Bom, indo agora um pouco mais direto ao assunto:

Perfeição; Desde que, no enfrentamento de um problema tanto funcional, quanto psicológico em minha voz, ocorrido nos primeiros anos desse século, ou seja, há mais de dez anos atrás (caramba, nunca havia percebido que tanto tempo se passou desde então...), criou-se em mim a concepção de que sempre, em todos os momentos de nossa vida, estamos desenvolvendo e construindo cada mínimo e mais elementar instante que vivemos, algo que não fazemos sozinhos, mas sim na companhia de Deus e dos desígnios que Ele ora sugere, ora tenta impor em nossas vidas, algo que Ele faz com o intuito de que aprendamos, cresçamos e amadureçamos, nos tornando, cada vez mais, pessoas melhores, mais sábias, mais desenvolvidas e mais preparadas para tudo que necessariamente enfrentaremos em nossas vidas.

Assim sendo, acredito que independentemente do que venhamos a viver e do que nos aconteça, realizamos uma Grande Obra com nossas vidas, Obra essa que considero, por definição, "Perfeição", uma vez que quaisquer "erros" que eventualmente aconteçam não são algo a se desprezar ou a se revoltar contra, mas sim senão a principal, uma das principais formas de aprendizado, e por consequência, senão a principal, uma das principais ferramentas de Deus para a realização de Seu intuito conforme citado no parágrafo anterior.

Portanto, tendo em minha mente essa concepção de que a existência de cada elemento constituinte dessa Grande Obra coletiva que é a Obra Divina, nada mais, nada menos é do que "Perfeição", porque eu tenho tanta dificuldade para aceitar determinados eventos que ocorrem em minha vida?

Não sou capaz ainda de responder essa pergunta. Espero um dia ser. Mas não é isso que me preocupa atualmente. O que me preocupa não é a Perfeição da Obra Divina, mas sim o retorno e/ou renascimento de uma das mais cruéis e destrutivas características de minha personalidade imatura: Meu perfeccionismo.

Se houve algo que me fez mal durante toda minha infância e adolescência foi meu perfeccionismo, ou seja, minha necessidade de ser visto como alguém que não possui defeitos. Como consequência dele, veio a arrogância, a prepotência, a super-cobrança e a super exigência, a idealização, a ilusão, e tudo que me levou ao pior momento psicológico de minha vida, o qual ocorreu imediatamente antes do enfrentamento de minha "crise vocal", conforme também anteriormente citado.

Então já que não era a Perfeição da Obra Divina que me preocupava, o motivo pelo qual falei sobre ela foi o fato de que só quando acreditei absolutamente nessa "Perfeição" é que consegui me livrar efetivamente de meu perfeccionismo. Ou seja, precisei acreditar tanto em uma "Perfeição Superior", quanto no fato de que minhas "imperfeições" eram tão importantes quanto minhas "perfeições" na construção dessa Obra Divina, cuja "Perfeição" eu sou absolutamente incapaz de julgar, uma vez que ela depende também do Desígnio Divino que atua no sentido do aprendizado, do crescimento e do amadurecimento não só meu, mas de todos os elementos que compõem essa maravilhosa Obra Divina.

Bom, isso tudo posto, finalmente cheguei ao cerne desse texto: Recentemente, mas não exatamente com essas palavras, me disseram que eu sou "perfeito demais". E naturalmente, dada toda essa minha história com meu perfeccionismo, isso acabou comigo.

Tudo bem, eu entendo que tenho de tentar descobrir uma forma de reverter esse processo perfeccionista, pois o potencial destrutivo dele em minha psiqué, e principalmente em meu bem-estar é indescritível para mim. O número de alegrias, desejos, amores, belezas, prazeres e diversões, por exemplo, das quais meu perfeccionismo me privou e me priva é incalculável, e a simples tentativa de lembrar de tudo isso me bombardeia o coração com maus sentimentos e dores, perfurando minh'alma.

Assim sendo, me parece realmente ser absolutamente necessário que eu passe por uma nova avaliação e que eu tenha junto de mim alguém que me acompanhe nessa jornada de provável reforma e redescobrimento.

E por fim, a quem ler essas mal-ajambradas linhas, por favor, desejem-me sorte.

[Encerro o post ao som de Fiona Apple - To Your Love.]

segunda-feira, dezembro 31, 2012

Desafogo...

[Inicio o post ao som de Rush - In The End.]

Não sei... Não sei de verdade... Só sei que tinha que fazer isso.

(E que música mais propícia para se iniciar um post feito no último dia de 2012...)

Estou desde manhã, quando comecei a mexer em meu computador após quase 5 dias de abstinência total, em um retiro absolutamente solitário em Campos do Jordão, pensando que preciso escrever algo.

Pensei que poderia ser minha já frequente mensagem de final de ano, mas imediatamente ao terminá-la eu já entendi que ela não era suficiente.

E agora eu sei o motivo dessa ansiedade: Eu preciso escrever sobre 2012. Como eu escrevi, pela última vez, em 31/12/2008. Agora por quê raios eu preciso fazer isso, isso eu já não sei...

Tentando descobrir essa razão, comecei a fuçar aqui e, logo de cara achei uma boa pista: Meu último post nesse blog, em que disse que 2011 foi uma porcaria de ano. E ele foi mesmo. Mas é engraçado perceber que ele começou a melhorar logo depois dessa última postagem e desse desabafo que fiz nela. (Coincidência?!?!? E será que foi o ano que melhorou ou meu olhar que mudou?!?!?)

E eis que chegamos a 2012, um ano muito, mas muito agridoce.

Começou "steaming", e repleto de esperanças... Aí veio um solzão, um calorão, movimento, encanto, uma ou outra chuva para refrescar, caindo às vezes mais forte, às vezes mais fraca, mas sempre passageira... Até que devagarzinho, quase imperceptivelmente, as nuvens começaram a se juntar e o céu começou a escurecer... E de pouquinho em pouquinho, as lacunas por onde os raios de Sol costumavam passar para ainda iluminar alguns pontos de minha vida começaram a diminuir de tamanho, e foram se reduzindo, encolhendo, estreitando, até que tudo ficou nublado e o céu se tornou uma miríade de tons de cinza, alguns mais claros, outros mais escuros... As chuvas começaram a ser mais frequentes que a estiagem, os raios e trovões começaram a ser mais frequentes que o canto dos pássaros e, quando realmente a Tempestade caiu, foi devastador.

Terra e céu. Fogo e água. Vento e caos. E pela primeira vez, em muito tempo, eu temi que o navio de minha vida, o leme de minha vocação e o mapa onde estão desenhados meus desejos fossem perdidos, como outrora já aconteceu. E essa Tempestade foi tão forte, tão violenta, tão destrutiva e desordenadora, que se espalhou por mares, costas, vaus, praias e naus inesperadas atingindo proporções realmente surpreendentes.

E o que fazer, quando tudo parece em frangalhos e apenas os alicerces ainda perduram, desgastados e, até certo ponto, escangalhados? Meu caminho, mais uma vez foi o da reconstrução. Não o do conserto, não o da restauração, pois ela me parece, ainda hoje, absolutamente inviável, mas sim o da reconstrução, da reelaboração, da recriação, que necessariamente leva à renovação.

Se senti insegurança? Ainda sinto!
Se senti desânimo? Inúmeras vezes.
Se senti desamparo? Vez ou outra, preciso admitir...
Se senti desespero? Fico feliz em dizer que nunca senti algo assim nesse ano de 2012. 

Nesse ínterim, dou graças a Deus pelo meu otimismo incorrigível, maluco, inocente, por vezes inconsequente, e que me impediu de sucumbir a esse terrível e ceifador sentimento.

E tudo isso foi só no primeiro semestre...

Agora, se nessa metade inicial do ano vivi tudo isso, devo admitir que a segunda metade foi consideravelmente mais tranquila, e a essa tranquilidade eu devo o sucesso dos processos iniciais de reconstrução que venho vivendo. Aliás, tão importante quanto minha própria reconstrução foi a colaboração que pude dar para outras reconstruções que a tal Tempestade tornou necessária... A reverberação e a sinergia que emergiu dessas colaborações dentro de mim e de minha própria renovação foram extraordinárias!

E assim, com até muito mais trabalho dentro de mim do que fora, transcorreu-se o segundo semestre, pelo menos até outubro, quando a primavera se apresentou para tornar meus dias de reconstrução mais claros, longos, floridos, coloridos, perfumados e prazerosos.

Dai por diante, num piscar de olhos, estava em dezembro. Processo de reconstrução a todo vapor, de vento em popa, em ritmo tão agradável que me vi querendo voltar ao mapa de meus desejos para saber se os caminhos que queria seguir se mantem após tudo isso. E, como seria difícil ser diferente, claro que eles se modificaram... Não radicalmente, mas de uma forma sutilmente instigante e renovadora.

Enfim, diferentemente do ano passado, em que estava PUTO da vida com o ano que vivi, nesse ano estou mais positivo em relação ao futuro, sentindo que todos os desafios, bloqueios, desvios, dificuldades e até essa enooooooorme Tempestade pela qual passei não apenas contribuíram para essa necessária renovação, como também colaboraram para me amadurecer um pouco mais.

E se o fluxo continuar sua tendência atual, me parece que esse ano de 2013, que se avizinha sorrindo timidamente, será ao menos melhor que os dois últimos anos. Cruzemos os dedos!

[Encerro o post ao som de Donald Fagen - Miss Marlene.]

quarta-feira, novembro 30, 2011

Retomando...

[Inicio o post ao som de Vince Guaraldi Trio - Schroeder (sim, é aquele do Snoopy... ^_^).]

Conforme disse há poucos posts e muitos meses atrás, mais de 30 meses, ou dois anos e meio, para ser exato, esse blog foi criado para que eu pudesse, desde então, contar com mais uma forma de colaborar com a expiação de meus pecados, a filtragem de meus próprios venenos, os quais se originavam e eram descarregados, a maior parte do tempo, em mim mesmo, o lamber das feridas que possuía, algumas delas auto-inflingidas, e com minha tentativa de colocar em perspectiva tudo que vivia, especialmente o que se passava no universo existente dentro de meu âmago.

Acontece que, desde esse post, todas as minhas iniciativas de retomar esse blog incutindo nele uma natureza diferente dessa naturez original foram infrutíferas, o que me leva a crer cada vez mais que ele PRECISA ser um espaço para reflexão e realmente expiação de meus pecados, decepções, inseguranças e chateações. E dado o ano que eu venho enfrentando nesse 2011, o que não vai faltar é material para tal.

Certamente, as pessoas podem achar radical isso que vou dizer, mas falando de modo geral, e guardando todas as devidas exceções, esse meu ano de 2011 está sendo uma MEEEEERDAAAAA !!!!

Pronto, falei... Ufa...

Tudo bem, concordo que esse ano não tem sido só catástrofe, aliás, esse ano começou muito bem, comigo adquirindo meu primeiro automóvel e realizando minha primeira viagem ao exterior, tudo isso conquistado com o suor de meu rosto.

Mas pensem em tudo que foi conquistado nosdiversos âmbitos da vida após, sei lá, 5 prá 6 anos de esforço. Agora pensem em tudo isso escorrendo prá fora de sua vida de uma forma que você está tendo MUITA dificuldade de evitar. É isso que me ocorre agora.

Bom, certamente eu tenho muito a ver com esse processo de perda, mas eu ainda não sei exatamente como eu o influenciei e, consequentemente, nem como pará-lo.

Assim sendo, as reflexões a esse respeito virão nos próximos posts. E quem se sentir a fim de comentar ou colaborar, sinta-se à vontade, mas por favor mantenha minha privacidade falando tudo que vocês eventualmente quiserem acrescentar a essa discussão exclusivamente a mim mesmo nesse mesmo blog.

Enfim, por ora é isso aí. Vamos ver o que dá depois dessa "blogterapia".

[Encerro o post ao som de The Beatles - Across the Universe.]

sexta-feira, junho 11, 2010

Verdade Inescapável

[Inicio o post ao som de Norah Jones - Are You Lonesome Tonight.]

Sabe quando uma pessoa se dá conta de uma grande verdade sobre si mesmo ? Então, na falta de uma, de ontem prá hoje, me dei conta de duas.

Normalmente, no que concerne a mim, esse processo possui uma essência difícil e dolorosa. Por outro lado, é incrivelmente libertador, pois me permite reestabelecer uma visão mais clara e menos fantástica das coisas, realinhando minhas expectativas ao alcance de meus atuais limites.

Receber de volta a realidade como um mergulho num lago durante a primavera... A água está certamente gelada, mas o Sol e a brisa ligeiramente acalorada nos trazem de volta, junto à consciência, a esperança do verão que se avizinha.

O problema é que tanto fora quanto dentro, estou entre o outono e o inverno, de tal forma que é melhor eu me secar logo e me agasalhar o quanto antes, pois ainda há algum tempo até que as flores voltem à se abrir sob o brilho do Sol matinal.