sexta-feira, junho 29, 2007

Consumando

[Inicia o post ao som de Lenny Kravitz - Live]

Olá amigos e amigas do Renatadas, tudo bom ? Espero que sim.

Acredito que muitos de vocês, que porventura dão seus ciber-passeios por esse canto do ciber-espaço, estejam cientes que a Consumação Máxima, banda na qual atuo como vocalista, realizou ontem, dia 28/06/2007, seu primeiro show no Radio Club Brasil, um bar especializado em receber bandas e localizado em Moema, próximo ao Shopping Ibirapuera.

Aliás, vale a pena ressaltar que esse também foi o primeiro show no qual tocamos, em terras paulistanas, aquilo que chamamos de um set-list completo, com 40 músicas, as quais dividimos em quatro módulos, sendo 10 Pop ou Soft-Rock, 10 Nacionais, 10 que nós chamamos de "Oldies", ou seja, músicas dos anos 50 e 60, e finalmente 10 Clássicos do Hard-Rock dos anos 70 e 80.

Para vocês terem uma idéia do que significa isso, estou lhes falando de 180 minutos de música, os quais são partidos em 2 entradas de 20 canções, cada entrada tendo mais ou menos 90 minutos ininterruptos de música, com um intervalo de aproximadamente 15 minutos entre elas.

Não bastasse tudo isso, esse também foi nosso primeiro show em que estivemos sendo avaliados por um proprietário de casa especializada em receber bandas, avaliação realizada para definir se nós viríamos a fazer parte do grupo de bandas selecionadas para tocar nesse local sempre que possível.

Outra coisa que vale a pena destacar é que além desse show ter sido organizado e agitado para ser nossa estréia em uma casa com essas características, ainda seriam comemorados lá os aniversários de, se não me engano, 4 pessoas, sendo uma delas uma grande amiga da banda, a Daniela, esposa do nosso baixista, meu caríssimo amigo Vinicius Cesarolli.

Não sei quanto a vocês, mas eu acho que esses são motivos suficientes para gerar uma perceptível dose de ansiedade e nervosismo...

E querem saber de uma coisa: Estive sob o efeito dessa carga de ansiedade desde quinta-feira da semana passada...

É, meus amigos e minhas amigas, mais uma vez, não sei se vocês concordarão comigo, mas lhes darei uma opinião: Não é nada fácil ser vocalista de uma banda que enfrenta um desafio como esse... hahahahaha... :-p

Então, eis que chega o grande dia:

Concentração total, desde meus primeiros momentos desperto, até o fim do show.

E as horas passam, até que chega a noite, e eu me vou para o bar onde tocamos, chegando lá um pouco antes do horário marcado para passarmos o som.

Um detalhe muito importante relacionado a esse momento é que, assim que ficamos prontos, o operador de som, que aliás era muito competente, nos disse que havia uma limitação de volume para as bandas que tocassem na casa, o qual não poderia ultrapassar 100 decibéis.

Aí lá foi o Fabião Ferraz, nosso caríssimo "Fucking-giant-drummer-preparador-de-drinks-e-arguiles-born-to-be-wild-senior", o batera da banda, verificar a equalização do som de sua bateria realizando um pequeno solo.

Resultado: 97 decibéis !!!!

Cara do Fabio: Sorrisão aberto.

Cara do resto da banda: Queixo caído, e uma absolutamente nítida expressão de "agora fudeu"...

E toca arrumar retorno daqui, eqüalizar volumes dali, acertar vozes, enfim, todo o procedimento de uma boa passagem de som.

Finalmente terminamos de passar o som e somos agraciados com a notícia de que tínhamos, até as 22:00, direito a um belo lanche por conta da casa.

O mais rápido possível nós comemos e, pouco depois das 22:30 subimos ao palco para tocar essas músicas:

- Vertigo
- Pain lies
- Somebody told me
- Are you gonna go my way
- Take me out
- Come out and play
- Lump
- All Star
- Because the night
- Unbeliveable

- Será
- Vou deixar
- Do teu lado
- Amor perfeito
- Além do horizonte
- Nós vamos invadir sua praia
- Vira-vira
- Eu quero ver o oco
- Envelheço na cidade

- Whisky a go-go
- Ana Julia
- That thing you do
- C’mon let’s go
- Summertime Blues
- Blue Suede Shoes
- Pretty Woman
- Twist and shout
- Hard Days Night
- Secret Agent Man

- Should I stay or should I go
- You Really Got Me
- Blitzkrieg Bop
- Satisfaction
- Jumping Jack Flash
- Mony mony
- Rock’n’roll all nite
- Roadhouse blues
- Smoke in the water
- Born to be wild

Abrimos com a Vertigo e o público já começou a se agitar... Entrou "Pain Lies..." e todo mundo cantou conosco... E dessa maneira seguiu até tocarmos a "Because The Night".

Amigos e amigas, o que foi aquilo !!!!

Todo mundo pulou, cantou, se acabou, a banda nunca tocou essa música tão bem e o Fabio já me falou que ele nunca mais vai tocar essa música do jeito que ele tocou ontem, fazendo viradas que, segundo palavras dele, ele nunca mais vai conseguir fazer na vida... É claro que ele está sendo humilde... Ele não só conseguiria fazê-las de novo, como certamente ele ainda fará melhores.

Mas que ontem essa música foi muito mega massa fodástica, isso foi...

E o show seguiu, tudo ia muito bem até que, logo depois de outro de nossos melhores momentos, a "Amor Perfeito", o simpático senhor Murphy resolveu aparecer e, no meio da Além do Horizonte, arrebentou a corda da guitarra do nosso grande Miltão.

Aí, devido a isso, resolvemos adiantar o intervalo, que deveria vir em seguida à "Envelheço na Cidade".

Descemos do palco e, por uma dessas felizes coincidências e/ou sincronicidades da vida, estávamos todos os quatro membros da banda batendo papo, quando chega o dono do bar comentando, de maneira muito lisonjeira, sobre o show que estávamos fazendo, elogiando-nos musicalmente, falando bem do nosso repertório, e de nossa interação com o público, quando de repente ele olha bem nas nossas caras e faz a pergunta que colaboraria, e muito, para tornar essa noite melhor ainda para nós. Disse ele:

- Vocês já tem lugar prá tocar dia 06/07 ?

Disse eu:

- Sexta, não amanhã (que já seria hoje a hora que eu falei isso...), a próxima ?

Ele:

- É.

A banda: o_O O_o o_O O_o

Aí o Fabio disse:

- Não a gente ainda não tem nada marcado pro dia 06/07.

- Cês querem tocar aqui ? A gente tinha uma banda marcada, mas o baterista deles quebrou o pé e eles cancelaram... - Disse o dono do bar.

- Queremos sim. - Dissemos nós.

E assim, no acidental intervalo do nosso show, já ficamos sabendo que havíamos sido aprovados pelo dono da casa e já fomos convidados a tocar lá de novo na próxima sexta.

Barba, cabelo e bigode, hein ? hahahahaha... b^_^d

Voltamos, fizemos o resto das nacionais, a Daniela, esposa do baixista e aniversariante subiu ao palco para cantar a música "Eu quero ver o Oco" com a gente, e o pessoal pirou com "Vira-Vira", "Ana Julia", "Twist and Shout", "Blitzkrieg Bop", e mais no final, com "Smoke on The Water" e "Born to be Wild".

Devido a um pedido do nosso baixista, o Vinicius, não tocamos "Mony Mony", "Rock'n Roll all Nite" e "Roadhouse Blues", o que prá mim foi até bom, pois seria bem difícil cantar essas duas primeiras com o peso que eu gosto de dar a elas e a voz cansada que eu estava no final do show...

Enfim, depois de tudo isso, foi só descer pro(s) abraço(s)... hahahahaha...

E muito legal também foi ouvir do público que tem nos acompanhado elogios relativos à evolução que a banda tem apresentado a cada show que a gente faz. Espero que continuemos sempre assim.

Dani e demais aniversariantes, Parabéns !!!! Foi um prazerzão tocar nesse dia tão especial para vocês.

Amigos da Consumação Máxima, Vinicius, Fabião e Miltão, Parabéns prá Nós !!!! Fizemos um puta show !!!! Todo mundo mandou muito bem e honrou nosso nome, fincando o nosso banner em mais um ponto do planeta... hahahahaha... Valeu !!!! b^_^d

Amigos e amigas que estiveram na platéia, meu profundo agradecimento por vocês terem permitido que esse show se realizasse, pois sem vocês, a gente seria apenas mais uma banda.

Eu, particularmente, agradeço em especial ao Ricardão, à namorada dele e ao Rodrigão por terem me dado o prazer de vê-los lá e de compartilhar este momento tão feliz em minha vida.

Ah, e mais um agradecimento especial à família e aos amigos do Vinícius e da Daniela, a esposa dele, os quais não pararam de agitar um minuto sequer. Vocês foram foda !!!! Brigadassoassoasso pelo apoio e pela participação.

E é isso aí. Espero vocês na próxima sexta-feira para que, em sua companhia, a gente possa fazer dessa mais uma noite a ser lembrada.

Beijo para as belas moças, um abraço, tudo de bom e felicidades a todos e todas que nos inspiram a tentar sempre fazer um pouco melhor do que já fizemos.

Até mais.

De seu amigo, de alma lavada e enxaguada,

Renato F.C..

[Termina o post um pouco depois do fim do CD... ;-)]

sexta-feira, junho 22, 2007

Não por Acaso.

Olá amigos e amigas do Renatadas, tudo bom ? Espero que sim.

Bem, já lhes adianto que qualquer semelhança do título desse post com o mais novo filme do Rodrigo Santoro com a Letícia Sabatella NÃO é mera coincidência... ^_^

Enfim, estou com uma idéia para escrever aqui desde sábado passado, 2 dias depois de eu ter escrito meu último post. Entretanto, faltava um detalhe que eu considero imprescindível:

O Título.

Então, eis que surge a Marcia, minha bem-amada irmã (falo sério, não é uma ironia, eu adoro ela. ^_^), com dois convites para assistir o filme supra-citado.

Como os convites valiam até quinta-feira e ela não teria como usá-los com o marido, ofereceu para eu e para minha mãe, perguntando se eu topava ir com ela ao cinema.

Querem saber de uma coisa: Topei na hora !

Bem, chegamos lá, fomos no Cinemark do Shopping Santa Cruz, trocamos o ingresso, demos uma volta no Shop's e subimos para ver o filme.

Pouco antes de começar o filme, minha mãe me perguntou:

- Nós já fomos juntos no cinema ?

Respondi:

- Já. - e sorrindo de maneira divertida, completei - Quando eu era criança.

E lá se foi minha memória de volta a algum dia da década de 80, quando fui com a minha mãe ver no cinema algum dos filmes dos Trapalhões, da época que eles ainda eram vivos, unidos e engraçados. Faz tempo, né ? hahahahaha... :-p

Aí fiquei mais feliz ainda com o fato de eu ter ido com minha mãe ao cinema ver esse filme "Não por Acaso".

Aliás, muito bom o filme.

Grande atuação de todos os atores principais, fotografia interessante, bela trilha sonora e ótima estória.

Terminou o filme, saímos da sala e, como um relâmpago que ativa um grande letreiro neon, fez-se a luz em minha mente hiperativa.

"Não por Acaso ! Taí ! Esse é um título fantástico para o post que eu pretendo escrever."

E cá estamos nós. Vamos lá ?

(Maestro, o tema, por favor.)

Bem, no post passado eu escrevi que me sentia feliz por possuir dentro de mim a sensação de ter sido amado incondicionalmente, né ?

Ah, vou falar uma coisa prá vocês... Como é bom saber e aceitar a sabedoria e o valor da dialética...

E como é bom saber que, de vez em quando, eu ainda consigo ser tão inocente, tão naïf... Explico:

Da mesma forma meio incauta, alegre, libertadora e epifânica que cheguei à conclusão que já havia sido amado incondicionalmente, eu cheguei à conclusão não menos alegre, libertadora e epifânica de que, provavelmente, eu fui um pouco... tolo. ^_^

O que quero dizer é que hoje eu sei que fui amado sim, de verdade, profundamente, mas não incondicionalmente.

Digo isso pois sei que, se eu fosse um pouco diferente do que sou, ou tivesse agido um pouco diferente do que agi, existe uma possibilidade razoável de que a história de amor "quasi-incondicional" que vivi não viesse a acontecer...

Assim, cheguei à conclusão de que fui amado incondicionalmente, por um certo tempo, apenas e tão somente porque eu sou assim, do jeito que sou e que não fui simplesmente amado a despeito de qualquer coisa.

Enfim, apesar de saber que fui amado "Não por Acaso", mas sim por causa de tudo que compõe minha subjetividade, em seu sentido mais amplo, fico muito feliz e satisfeito de ter sido amado pela pessoa que eu sou, pelas coisas que conquistei sendo quem eu sou, pelas coisas da minha família, amigos, amigas, professores, heróis, vilões, e pelas inspirações em geral que herdei, aprendi e usufruo a cada dia em que me é dada a chance de continuar a trilhar meu caminho nessa efêmera e fugidia existência.

Entendem agora minha satisfação com esse título ? Espero que sim, pois eu acho que ele se encaixou perfeitamente.

Enfim, é isso.

Um beijão para as silfídicas moças, que flanam com suas asas de papel manteiga pelos jardins do pensamento.

Abraços, tudo de bom e felicidades a todos e todas que por aqui trazem a graça de suas únicas e marcantes pegadas cibernéticas.

Até mais.

De seu amigo,

Renato F.C..

quinta-feira, junho 14, 2007

Sem Condições

Olá amigos e amigas do Renatadas, tudo bom ? Espero que sim.

Ontem aconteceu comigo um fato que teria tudo para passar despercebido.

Voltava de carona do ensaio que faço toda quarta feira com o Grupo da Regente Sandra Espiresz do CoralUSP, na ótima companhia do meu amigo Regis, que dirigia.

Pegamos um terrível e meio inexplicável trânsito no caminho. Nessas condições pouco agradáveis, acabamos conversando um pouco mais do que costumamos e passeamos por diversos assuntos.

Bem ocorre que, papo vai, papo vem, contei pro Regis que, desde que entrei na academia onde pratico musculação, já consegui aumentar em dez quilos o meu peso.

Querem saber de uma coisa ? Achei engraçado quando ele se impressionou com esse ganho.

Mas achei mais engraçado ainda quando ele ficou realmente impressionado ao saber que, antes de começar a me exercitar regularmente e me alimentar melhor, eu pesava menos de 60 quilos.

Enfim, cheguei no prédio onde moro, agradeci a carona e me despedi dele

Entrei no apartamento onde moro, tomei um lanche, passei algum tempo batendo agradáveis papos por meio do MSN e, depois de um tempo, fui dormir.

Levantei hoje, tomei café, fui à academia, voltei, e fui tomar banho.

Bom, o fato é que, até agora, parece tudo normal, né ? Nenhum fato especial.

Isso foi muito do que aconteceu em meu exterior. Está na hora de falar do que está acontecendo em meu interior.

Bem, nos últimos dias, há uma música que não me sai da cabeça.

Para variar, é mais uma da Fiona Apple, e se chama "Oh, Well".

Abaixo, apresento prá vocês a letra dela:

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Fiona Apple - Oh Well

What you did to me made me see myself something different
And though I try to talk sense to myself
But I just won't listen

Won't you go away
Turn yourself inYou're no good at confession
Before the image that you burned me in
Tries to teach you a lesson

What you did to me made me see myself something awful
A voice once stentorian is now again meek and muffled
It took me such a long time to get back up the first time you did it
I spent all I had to get it back, and now it seems I've been out-bidded

My peace and quiet was stolen from me
When I was looking with calm affection
You were searching out my imperfections

What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in the stuff

You came upon me like a hypnic jerk
When I was just about settled
And when it counts you recoil
With a cryptic word and leave a love belittled

Oh what a cold and common old way to go
I was feeding on the need for you to know me
Devastated at the rate you fell below me

What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in the stuff

Oh, well

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E dessa letra, especialmente o seguinte trecho não me sai da cabeça:

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What wasted unconditional love
On somebody
Who doesn't believe in the stuff

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E querem saber de outra coisa ? Eu costumava ouvir essa música e especialmente esse trecho e sentir uma certa tristeza interior, a qual eu não entendia direito.

Aí tudo que relatei acima aconteceu, eu entrei no banho hoje, após ter ido à academia e...

EUREKA !!!!

Eu não entendia porque não havia como eu entender. Imagino que vocês queiram saber o por quê dessa minha incapacidade ? Explico:

Bem, basicamente, não compreendo a tristeza interior que sinto ao ouvir essa música porque eu não só já amei, como, de maneira correspondente, já fui amado incondicionalmente.

E, por "increça que parível", a clara percepção desse fato epifânico e maravilhoso em minha consciência só aconteceu hoje, durante meu banho, e apenas e tão somente em razão do papo que tive ontem com meu amigo Regis.

Pôxa, não sei quanto a vocês, mas para mim, viver isso foi Incrível ! Delicioso ! Libertador !

E por esses motivos, quis dividir com vocês um pouco desse momento.

Me parece inexplicável ter a consciência da felicidade de já ter sido amado incondicionalmente.

Era tão claro ! Quase como uma porta ou parede de um vidro muito bem limpo com o qual, eventualmente, algum incauto acaba quase dando de cara, vindo a enxergá-lo um instante antes de amassar o nariz nele.

Não, melhor... É como se fosse a mão de Deus que, um segundo antes de você se colocar em uma situação que pode lhe causar grande prejuízo, lhe faz parar e evitar uma tragédia.

Enfim, é uma mistura de sentimentos de gratidão e felicidade interior junto a um bem estar consigo mesmo, uma massagenzinha no ego e um sopro de vida nos pontos mais oníricos do coração.

É, decididamente é mais fácil sentir do que explicar... ^_^

Bem, é isso.

Um beijão para as doces moças, abração, tudibão e felicidades a todos e todas que por essas inconstantes palavras fazem correr suas pestanas benfazejas.

Até mais.

De seu amigo,

Renato F.C..

domingo, junho 10, 2007

Pseudo-Apnéia

Olá amigos e amigas do Renatadas, tudo bem ? Espero que sim.

No último post contei para vocês como estava sendo a experiência de, após um período de marasmo, que em alguns momentos era até um pouco chato de tão calmo, voltar a viver bastante ocupado.

Além disso, falei sobre como me sentia experimentando um modo de vida que despertou em mim uma postura que se voltava muito mais para o que acontece em meu exterior, fato que me levou a relegar as coisas da minha subjetividade a um segundo plano.

Bom, agora que eu sei que este período está próximo de encontrar seu fim, sinto-me um pouco ansioso e até mesmo receoso com o que há de vir.

Levando em conta a maneira particular por meio da qual eu entendo e vivencio minha Fé em Deus e naquilo que transcende o ser humano em suas capacidades e potenciais enquanto criatura, assunto sobre o qual pretendo escrever aqui num futuro não muito distante, eu não deveria me sentir assim.

Entretanto, a verdade é que, como disse no post anterior, há coisas dentro de mim que foram, são e ainda serão ignoradas por algum tempo antes de se manifestar, coisas cuja presença eu já percebo, e que já estão começando a chamar minha atenção, causando em meu ser uma notável e já incômoda inquietude.

Passado, presente e futuro, congregados na essência do que eu sou, apresentam-se para trazer à tona questões que eu preciso responder, questões que são efêmeras, que são perenes, que são duradouras, que são breves, que são precoces, que são maduras, que são opacas, enfim, questões que, em suas respostas, promoverão momentos fugazes e brilhantes, momentos esses que hão de remeter à minha bem-amada Estrela de Belém, a estrela-guia que sempre brilha nos escuros céus noturnos que me servem de oráculo enquanto invisto-me, absoluto, no trilhar do caminho sobre o qual ruma minha vida.

E digo-lhes mais uma coisa:

Mal posso esperar para que o tempo de compor essas respostas chegue e eu me sinta novamente à vontade para, mais uma vez, sincronizar minha mais ampla e profunda subjetividade com aquilo que eu tenho de mais precioso: Ela mesma.

Beijo para as moças, abraço, tudo de bom e felicidades a todos e todas que, através da luz de suas brilhantes personalidades, me ajudam a enxergar aquilo que, de outro modo. permaneceria obscuro.

Até mais.

De seu amigo,

Renato F.C..

sábado, junho 02, 2007

www.renatadas.blogspot.com teias de aranha...

Olá amigos e amigas do Renatadas, tudo bom ? Espero que sim.

(Retirando as teias de aranha e dando uma arrumada geral no ambiente ciber-espacial...)

Pôxa, faz realmente um tempão que eu não posto aqui, o maior silêncio neste ano de 2007.

Àqueles que acompanham as linhas escritas neste ciberespaço, eu peço humildes desculpas e explico-lhes um pouco do que motivou essa persistente pausa...

O principal motivo para esta pausa foi o fato de eu ter vivido um dos períodos mais ocupados dos últimos tempos de minha vida... Fim de semestre no Mestrado com Greve na USP, o que dificulta muito quase tudo que tem a ver com o Mestrado, Frilas, Banda, CoralUSP, Academia, R.P.G., Foundies, excelentes saídas com o pessoal do Arkfer, um fantástico grupo de amigos, enfim, todos os tipos de eventos possíveis de me ocupar de diversas e respectivas maneiras que me agradam muitíssimo.

Além disso, e não sei se em conseqüência disso, estou experimentando um modo de viver um pouco diverso do que vinha vivenciando, ou seja, minha atenção anda prioritariamente voltada para os acontecimentos que se dão ao meu redor, e não em meu interior. E querem saber de uma coisa: Viver assim tem sido muito estranho e interessante... A parte menos agradável é que, com isso, como podem perceber, a expressão daquilo que toma forma em meu âmago mais profundo acaba sendo menosprezada em relação às coisas dos mundos, mundos, vastos mundos em que participo.

E tem mais: Com tudo isso, as coisas de minha subjetividade que eu poderia estar expressando aqui acabam sendo relegadas a um segundo plano, o que as faz se acumularem um pouco, fato que, com muita freqüência, as leva a perder o viço que elas possuem no momento em que vêm a tona, o que, por sua vez, corrobora para que eu me interesse menos em escrever sobre elas, uma vez que, quando surge a oportunidade de eu lhes dar a oportuna vazão, essa não é mais tão oportuna haja vista que aquilo que surgiu dentro de mim já se resolveu, ou feneceu, ou se tornou opaco... Isso quando isso não perde completamente o sentido ao ter sua expressão adiada...

Bom, pessoal, se isso lhes serve de consolo, mesmo considerando tudo isso que digitei acima, ainda há um número elevado de assuntos que eu pretendo de incluir nesse vasto e ainda bastante inexplorado universo virtual subjetivo que eu nomeei de "Renatadas". E eu acredito que, a partir da terceira semana desse mês que ontem teve sua aurora, eu estarei com o tempo necessário para que eu possa ouvir e transcrever as palavras com as quais as vozes que falam em meu íntimo exprimem aquilo que, a cada instante, colabora na constituição do ser humano que ora, e com grande prazer, novamente vos escreve.

Um beijão para as sublimes e saudosas moças, um abraço, tudo de bom e felicidades a todos e todas que, à sua especial maneira, trazem a este escriba uma saudade que remete a algo que, por mais virtual que possa parecer, enche-me de alegrias, felizmente, muito, mas muito reais mesmo.

Até mais.

De seu amigo, saudoso de vocês, suas visitas, sons, cores, odores, frios e calores,

Renato F.C..